terça-feira, 5 de agosto de 2008

Roberta Linzmeier

Suspeito a falar...

Temo a ingenuidade
E a genialidade

Criou-se o medo

- Por que temo o que me consome, se sinônimo de paz é a morte?

Erros e culpas crucificadas
As formas de viver e de apagar
E de pagar

Tudo me cansa
É conflitante viver

Mas a sua parte é estar aqui
As vezes inútil
prospero e normal.


Vivo enterrando sonhos
Morrendo e matanto
Acabando

A vida foge

A esperança

Os corações podres que dominam o mundo,
Esnobes que ganham o dia sorrindo,
Disfarçando a inveja

Tudo me enoja.

Mentes de contrastes
E sem respeito
A ignorância e arrogância predominam
Esquece-se do ser humano

O egoísmo lhe torna sempre correto

Acabou
Tudo que é tão importante
é tão insignificante.

Minha busca já cansou aqui
Se nada importa ou faz diferença

Se quem vence é o mais ignorante
Incapaz de ver sua insignificância.

Enterro minha mente
Insulto o saber
Perdôo minha ignorância
Esqueço

Aceito a burrice com orgulho
Desprezo tudo e com a certeza da humildade
O caminho correto é aquele que todos buscam
E que ninguém sabe
E a vida se torna inútil
Resumida em simples palavras de um texto
Sem poder sentir, ouvir, olhar para trás
Agora somente ler e folhear vidas

Esqueçam tudo
O que importa já passou.
A vida se restou.

2 comentários:

Maurélio disse...

Excelente poesia Roberta, parabéns.

Anônimo disse...

Este comentário deveria pertencer à primeira postagem, mas deixem-me ser diferente.



Li o endereço do blog de vocês num cartaz hoje no shopping Zipperer. Estudei os poemas, observei as imagens. Perto das 15 horas as moças do Café.com montavam um palco. Obviamente alguma coisa aconteceria ali mais tarde. Infelizmente eu precisava voltar à Rio Negrinho e assisti a nada. Um dia, quando vocês fizerem novamente algo do gênero (como posso ter escrito esta frase???), mandem um pequeno anúncio.


Abraços e sucesso a todos vocês!


Jorge